Gosto de tantas declarações de Ellen G. White que tenho dificuldades de
destacar algumas em detrimento de outras. Mas mencionarei inicialmente
duas sobre Cristo, que são especialmente significativas para mim. No livro
Nossa Alta Vocação (Meditações Matinais 1962), p. 14, ela diz: “Cristo,
Seu caráter e obra, é o centro e a circunferência de toda verdade. Ele é a
cadeia que liga as jóias de doutrina. NEle se encontra o inteiro
sistema da verdade.” E no livro Testemunhos para a Igreja, v. 7, p. 46,
ela acrescenta: “Faça de Cristo em tudo o primeiro, o último e o melhor.”
Na primeira citação, a Sra. White salienta a centralidade e a abrangência
de Cristo para as doutrinas e a teologia adventista. Creio que podemos
refletir a vida toda sobre o conteúdo e as implicações dessa citação,
sem jamais esgotar sua profundidade e abrangência. Já a segunda afirmação
destaca a prioridade absoluta de Cristo para a existência humana. O ideal
nela proposto é ilimitado em suas implicações.
Talvez a mais bela declaração já escrita sobre o amor de Deus seja a que
encontramos em Testemunhos para a Igreja, vol. 5, pág. 740: “Todo o amor
paternal que veio de geração em geração através do coração humano e toda
fonte de ternura que se abriu na alma do homem não passam de tênue riacho
em comparação com o ilimitado oceano, quando postos ao lado do infinito,
inexaurível amor de Deus. A língua não o pode exprimir, nem por escrito é
possível o descrever. Pode-se meditar nele todos os dias de nossa
vida; pode-se esquadrinhar diligentemente as Escrituras a fim de
compreendê-lo; pode-se reunir toda faculdade e poder a nós concedidos por
Deus, no esforço de compreender o amor e a compaixão do Pai celeste; e
todavia, existe ainda um infinito para além. Pode-se estudar por séculos esse
amor; não obstante jamais se poderá compreender plenamente a extensão,
a largura, a profundidade e a altura do amor de Deus em dar Seu Filho para
morrer pelo mundo. A própria eternidade nunca o poderá bem revelar.”
Poucas declarações podem ser equiparadas com a sublimidade do que a Sra.
White escreveu em O Grande Conflito, p. 675, 678, sobre a restauração de
todas as coisas à sua perfeição original. Essas páginas nos dizem: “Na
Bíblia, a herança dos salvos é chamada um país. (Hebreus 11:14-16.) Ali, o
Pastor celestial conduz Seu rebanho às fontes de águas vivas. A árvore da
vida produz seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para
a saúde das nações. Existem torrentes sempre a fluir, claras como cristal,
e ao lado delas, árvores ondeantes projetam sua sombra sobre as veredas
preparadas para os resgatados do Senhor. Ali, as extensas planícies
avultam em colinas de beleza, e as montanhas de Deus erguem seus altivos
píncaros. Nessas pacíficas planícies, ao lado daquelas correntes vivas, o povo
de Deus, durante tanto tempo peregrino e errante, encontrará um lar.
[...] “O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O
Universo inteiro está purificado. Uma única palpitação de harmonioso
júbilo vibra por toda a vasta criação. DAquele que tudo criou emanam vida,
luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo
átomo até ao maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em
sua serena beleza e gozo, declaram que Deus é amor.”
Esses são apenas alguns exemplos entre outras maravilhosas declarações
encontradas nos escritos de Ellen White. Com certeza, o leitor desses
escritos encontrará muitas outras afirmações que sensibilizarão sua alma e
fortalecerão sua fé. Basta tão-somente começar a explorar essa mina
inesgotável.
Texto de
autoria do Dr. Alberto Timm Revista do Ancião (janeiro – março de
2008).
Fonte:
Blog Sétimo Dia
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