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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Israel Influenciado Pelo Ambiente


Muitos anos tinham os filhos de Israel estado em servidão aos egípcios. Apenas umas poucas famílias haviam descido ao Egito, porém tinham-se tornado numa grande multidão. Sendo circundados pela idolatria, muitos deles tinham perdido o conhecimento do verdadeiro Deus e esquecido Sua lei. Uniram-se aos egípcios em sua adoração ao Sol, Lua e estrelas, e também de animais e imagens, obra das mãos de homens.


Todas as coisas ao redor dos filhos de Israel tendiam a fazê-los esquecer o Deus vivo. Mesmo assim, existiam entre os hebreus os que preservaram o conhecimento do verdadeiro Deus, Criador dos Céus e da Terra. Afligiam-se por ver seus filhos testemunhando diariamente as abominações do povo idólatra que os cercava, e mesmo tomando parte nelas, curvando-se às divindades egípcias, feitas de madeira e pedra, e oferecendo sacrifícios a estes objetos insensíveis. Os fiéis eram afligidos e na sua agonia clamavam ao Senhor por livramento do jugo egípcio; que Ele os tirasse fora do Egito, para onde pudessem ser livres da idolatria e das corruptoras influências que os circundavam.

Entretanto muitos dos hebreus estavam dispostos a permanecer em servidão, de preferência a terem que ir para um novo país e depararem com as dificuldades presentes em tal jornada. Por isso, o Senhor não os livrou pela primeira manifestação de Seus sinais e maravilhas diante de Faraó. Deus dirigiu os fatos para mais plenamente desenvolver o espírito tirânico de Faraó, e para que pudesse manifestar Seu grande poder aos egípcios e também diante de Seu povo, a fim de fazê-los ansiosos de deixar o Egito e escolherem o serviço de Deus.

Embora muitos dos israelitas se tivessem corrompido pela idolatria, os fiéis permaneciam firmes. Não ocultavam sua fé, mas abertamente confirmavam diante dos egípcios que serviam o único verdadeiro Deus vivo. Repetiam as evidências da existência de Deus e do Seu poder, desde a criação. Os egípcios tiveram oportunidade de se familiarizar com a fé dos hebreus e com seu Deus. Tinham tentado subverter os fiéis adoradores do verdadeiro Deus, e estavam aborrecidos porque não tiveram êxito, nem por ameaças, nem por promessa de recompensas, ou por tratamentos cruéis.

Os últimos dois reis que haviam ocupado o trono do Egito tinham sido tiranos e trataram cruelmente os hebreus. Os anciãos de Israel se esforçaram para encorajar a enfraquecida fé dos israelitas, referindo a promessa feita a Abraão, e as palavras proféticas de José pouco antes de morrer, predizendo sua libertação do Egito. Alguns deram ouvidos e creram. Outros contemplavam sua própria triste condição, e não tinham esperança.

Os egípcios tinham descoberto a expectativa dos filhos de Israel e zombavam de suas esperanças de livramento, falando desdenhosamente do poder de seu Deus. Apontavam-lhes a sua própria situação como um povo, mera nação de escravos, e insultuosamente diziam-lhes: Se vosso Deus é justo e misericordioso, e tem poder sobre os deuses egípcios, por que não faz de vós um povo livre? Por que não manifesta Sua grandeza e poder, exaltando-vos?

Os egípcios, então, chamavam a atenção dos israelitas para o seu próprio povo, que adorava deuses de sua própria escolha, os quais os israelitas denominavam falsos deuses. Exultavam ao dizer que seus deuses tinham-nos prosperado, dando-lhes alimento, vestuário e grandes riquezas, e que seus deuses também tinham dado os israelitas nas suas mãos para servi-los, e que tinham poder para os oprimir e destruir, a fim de que não fossem um povo. Escarneciam da idéia de que os hebreus seriam libertados da escravidão.

Faraó jactava-se de que gostaria de ver Deus livrá-los de suas mãos. Estas palavras destruíram a esperança de muitos dos filhos de Israel. Parecia-lhes que tudo era mesmo como o rei e seus conselheiros tinham dito. Sabiam que eram tratados como escravos, e que deviam suportar o grau de opressão que seus feitores e administradores lhes impunham. Seus meninos tinham sido caçados e mortos. Sua própria vida era um fardo, e eles estavam crendo no Deus do Céu e adorando-O.

Contrastavam então sua condição com a dos egípcios. Estes não criam absolutamente num Deus vivo que tivesse poder para salvar ou destruir. Alguns deles adoravam ídolos, imagens de madeira e pedra, enquanto outros preferiam adorar o Sol, a Lua e as estrelas; e mesmo assim prosperavam e enriqueciam. Alguns dos hebreus raciocinavam que se Deus estivesse acima de todos os deuses, não os deixaria como escravos numa nação idólatra.

Os fiéis servos de Deus entendiam que era por causa de sua infidelidade a Deus como um povo, e sua disposição de misturar-se com outras nações, sendo assim levados à idolatria, que o Senhor permitiu que fossem ao Egito. Com firmeza declaravam a seus irmãos que Deus logo os tiraria do Egito e quebraria seu opressivo jugo.

Chegara o tempo em que Deus deveria responder às orações de Seu opresso povo, e tirá-lo do Egito com tão poderosas manifestações de poder que os egípcios seriam compelidos a reconhecer que o Deus dos hebreus, de quem zombavam, estava acima de todos os deuses. Iria agora puni-los por sua idolatria e seu arrogante gabo das bênçãos concedidas a eles por seus insensíveis deuses. Deus glorificaria Seu próprio nome, para que outras nações ouvissem do Seu poder e tremessem ante Seus poderosos atos, e para que Seu povo, testemunhando suas miraculosas obras, se volvesse inteiramente da idolatria para render-Lhe adoração pura.

No livramento de Israel do Egito, Deus claramente mostrou Sua evidente misericórdia a Seu povo diante de todos os egípcios. Deus achou conveniente executar Seus juízos sobre Faraó, para que ele soubesse por amarga experiência, desde que doutra sorte não seria convencido, que Seu poder era superior a todos os outros. A fim de que Seu nome fosse notório através de toda a Terra, daria prova exemplar e demonstrativa de Seu divino poder e justiça a todas as nações. Era desígnio de Deus que estas exibições de poder fortificassem a fé de Seu povo, para que sua posteridade adorasse firmemente somente Aquele que tinha realizado misericordiosas maravilhas em seu favor.

História da Redenção – Ellen G. White

Nota: O texto acima apresenta a história do povo de Israel durante o período que esteve cativo no Egito. 

Se analisarmos mais a fundo, conseguimos ver que estas palavras contextualizam os dias atuais da igreja.
Muitos de “nós”, nos acomodamos as condições deste mundo, apenas com uma superficial profissão de fé. 

Eu costumo me perguntar… Será que quando nos depararmos com o derramamento das sete ultimas pragas não será tarde demais para qualquer tentativa de santificação? Ou se viermos a dormir agora… estamos realmente preparados para dormir no Senhor?

Que o Senhor, que é Santo! Nos dê hoje, através de nossas orações continuas e esforço, forças e perseverança para buscarmos o verdadeiro Reavivamento e Reforma no Seu Santo Espirito, para estarmos firmes “antes que venha o grande e terrível dia do Senhor”. Joel 2:31. [SM]

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