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domingo, 23 de outubro de 2011

Tragédia: Cadê Deus nessa hora?

Existe Esperança!
Por que teve que ser assim? Como será daqui para frente? Para alguns, ela é rápida e, às vezes, nem tanto. Há quem tenha tempo para fazer recomendações e declarações. Poucos se compadecem quando é com os outros, mas todos correm risco. Todos têm o mesmo destino.

Apesar da vida ser desvalorizada em cada cena, não fomos criados para morrer. É por isso que nossa natureza a rejeita tanto, e o suicídio choca qualquer um. Quando o espetáculo termina e a luz se apaga, é inevitável permanecer no palco.

Assistimos, a todo instante, o assassinato da mais importante obra. Já se nasce morrendo. Ao sobreviver, você atua em dias decadentes e a qualquer momento o show é interrompido. Cadê os aplausos? A correria desacelerou, restou o silêncio e a pergunta: E agora?

Ezequias era um poderoso rei que ficou doente. Um experiente profeta chamado Isaías foi visitá-lo e disse o que ninguém deseja ouvir: “Ponha as suas coisas em ordem porque você não vai sarar. Apronte-se para morrer” (2 Reis 20:1). Espantado, de cabelos em pé, com um calafrio na espinha dorsal e a voz embargada, o governante Ezequias virou o rosto para a parede e clamou: “Ó Senhor Deus, lembra que eu tenho te servido com fidelidade e com todo o coração e sempre fiz aquilo que querias que eu fizesse. E chorou amargamente” (2 Reis 20:3).

O que faz você chorar tanto? Por que está aí desse jeito? Perder quem amamos é ter grande parte de nós delacerada. Até os mais fortes são de carne, sangue e “barro”. Ao servirmos com todo o coração, estamos destinando toda energia para um só ponto, o qual deve ser o mais importante. Se não for assim, então é desperdício e burrice. Invista o poder da vida de forma fidedigna. Ter a vida em ordem é estar preparado para as surpresas do cotidiano. Quando tudo falha, quando esbarra a parede da incerteza diante de seus olhos, a quem você recorre?

Aquele que também chorou, viu e sentiu as lágriamas do bom rei. O relato bíblico diz que Isaías saiu do quarto em que o rei estava, mas, antes que tivesse passado pelo pátio central do palácio, escutou a ordem para voltar e dizer ao enfermo: “Eu, o Senhor, escutei a sua oração e vi as suas lágrimas. Eu vou curá-lo, e daqui a três dias você irá até o Templo. Vou deixar que você viva mais quinze anos” (2 Reis 20:5 e 6). Em seguida, foi posto uma pasta de figos em cima da úlcera do rei, e ele ficou bom. Incrível, não? O poder que ressussitou Lázaro, depois de quatro dias do sepultamento, prolongou o tempo de vida de Ezequias. Como argumentar, racionalizar fatos dessa magnitude?

Onde está Deus quando as tragédias acontecem? Por que Ele não se manifesta quando a inquisição tortura nossa fé, e as ditaduras censuram o direito de sermos diferentes? E por que não as impediu? Por quê? Você pode fazer todas as perguntas, e é bom que faça. Ele ouve e responde todas – às vezes, diz “sim”, outras vezes “espere um pouco” ou “não”. As coisas não podem ser exatamente de acordo com a sua vontade, afinal é perigoso demais confiar em quem não tem o controle da situação. Responda: por acaso o mar e o vento lhe obedecem? Quando foi a última vez que andou sobre as águas, restituiu a visão e fez um paralítico andar? É você que mantém o planeta suspenso e pinta as asas das lindas borboletas sem repetir um modelo?

Quando sofremos as consequências de nossas escolhas e andamos por um vale escuro como a morte, o Pai está exatamente no lugar de quando seu Filho morreu -segurando suas cansadas mãos, enxugando suas lágrimas e sussurando em sua consciência: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (João 11:25).

Agora, mais importante que ter vida é o que fazemos com ela. Isso é determinante e evitaremos dor nos outros e em nós mesmos. É hora de pedir com humildade e buscar fé no Templo da Glória. Existe cura para suas mazelas. Aceite-a!

Às vezes, somos tentados a crer mais na morte que na vida. Desta forma, matamos a esperança. A morte é um sono, e todo sono é passageiro. Não importa se adormecemos na terra, no mar, no ar. A morte tem dias contados, não mais existirá (ver Apocalipse 21:4). Teremos nossos queridos de volta, retornaremos como protagonistas de uma nova história. Doravante, descanse nos braços do Criador, repouse sobre seu colo, esqueça o passado cruel, reconheça sua dependência, perdoe tudo e todos. Na certeza de um novo tempo, viva cada segundo em paz. Aproveite!

Autor: Editora Faz Bem
J.Washington F.Alves
Jornalista

Fonte: voce@fazbem.com

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