Ellen
White aborda esse assunto no livro Primeiros Escritos, pág. 276, em que aparece
a seguinte declaração: “Vi que o senhor de escravos terá de responder pela
salvação de seus escravos a quem ele tem conservado em ignorância; e os pecados
dos escravos serão visitados sobre o senhor. Deus não pode levar para o Céu o
escravo que tem sido conservado em ignorância e degradação, nada sabendo de
Deus ou da Bíblia, nada temendo senão o açoite do seu senhor, e conservando-se
em posição mais baixa que a dos animais. Mas Deus faz por ele o melhor que um
Deus compassivo pode fazer.
Permite-lhe
ser como se nunca tivesse existido, ao passo que o senhor tem de enfrentar as
sete últimas pragas e então passar pela segunda ressurreição e sofrer a segunda
e mais terrível morte. Estará então satisfeita a justiça de Deus.”
O
próprio texto deixa claro que a Sra. White está se referindo aqui não a todos
os escravos de forma generalizada, mas somente àqueles que foram mantidos “em
ignorância e degradação, nada sabendo de Deus ou da Bíblia, nada temendo senão
o açoite do seu senhor, e conservando-se em posição mais baixa que a dos
animais”.
É
interessante notarmos que, um pouco mais adiante, no mesmo livro Primeiros
Escritos, pág. 286, são mencionados escravos entre os justos que receberão a
vida eterna: “Vi o escravo piedoso levantar-se com vitória e triunfo, e sacudir
as cadeias que o ligavam, enquanto seu ímpio senhor estava em confusão e não
sabia o que fazer; pois os ímpios não podiam compreender as palavras da voz de
Deus.”
Existe
aqui um evidente contraste entre o escravo “conservado em ignorância”, que será
deixado “como se nunca tivesse existido”, e o “escravo piedoso”, que receberá a
vida eterna. Esse contraste nos impede de generalizarmos a questão como se
todos os escravos fossem tratados da mesma forma. Portanto, apenas aqueles
escravos que foram mantidos nas condições subumanas acima mencionadas,
completamente destituídos de livre-arbítrio, é que não receberão nem a vida
eterna, por não terem vivido em conformidade com os princípios do evangelho, e
nem o castigo final, por não serem responsáveis pelos seus próprios atos.
Fonte: aultimaadvertenciaaomundo.
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