
Há muitos com quem o Espírito de Deus está lutando. O tempo dos
juízos destruidores da parte de Deus é o tempo de misericórdia para
aqueles que [agora] não têm oportunidade de aprender o que é a verdade. O
Senhor olhará para eles com ternura. Seu coração compassivo se enternece,
e a mão do Senhor ainda está estendida para salvar, enquanto a porta é
fechada para os que não querem entrar. Será admitido um grande número de
pessoas que nestes últimos dias ouvirem a verdade pela primeira vez.” –
Carta 103, de 3 de junho de 1903 (para G. B. Starr e esposa); publicada
parcialmente em Eventos Finais, pág. 157.
Após o Terremoto de São
Francisco, ocorrido no dia 18 de abril de 1906, parte da declaração
anterior foi publicada em um artigo de Ellen White intitulado “Os Juízos
de Deus Sobre Nossas Cidades” (ver Review and Herald, 5 de julho de 1906,
pág. 9). O conteúdo básico da mesma citação apareceu também no capítulo “A
Obra Atual” de Testimonies for the Church, vol. 9, pág. 97 (republicado em
Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 333).
Em novembro de 1906, a Sra. White
acrescentou: “O tempo de graça não durará muito mais. Deus está retirando
da Terra Sua mão refreadora. Por longo tempo Ele tem falado a homens e
mulheres mediante a atuação de Seu Espírito Santo; mas eles não têm
atendido ao apelo. Agora está falando a Seu povo e ao mundo por meio de
Seus juízos. O tempo desses juízos é um tempo de misericórdia para os que
ainda não tiveram a oportunidade de aprender o que é a verdade. O Senhor
olhará para eles com ternura. Seu coração compassivo se enternece, e a mão
do Senhor ainda está estendida para salvar. No aprisco seguro será
admitido um grande número de pessoas que nestes últimos dias ouvirem a
verdade pela primeira vez.” – Review and Herald, 22 de novembro de 1906,
págs. 19 e 20; republicado em E Recebereis Poder (Meditações Matinais
1999), pág. 159.
Tanto o contexto quanto o
conteúdo dessas declarações confirmam o fato de que Ellen White estava se
referindo a calamidades que ocorriam já no início de século 20 como
manifestações presentes dos juízos divinos sobre um mundo prestes a ser
destruído. Mesmo antes do fechamento da porta da graça para o mundo como
um todo, essa porta já começa a se fechar para aqueles que tiveram a
oportunidade de conhecer a verdade, mas que “não querem entrar”. O lugar
desses é tomado por aqueles que, não tendo conhecimento prévio da verdade,
“nestes últimos dias ouvirem a verdade pela primeira vez” e a aceitarem.
Essas declarações de Ellen White parecem combinar, em
certo sentido, a noção dos convidados para as bodas que se
demonstraram indignos (ver Mat. 22:1-14) com a analogia da
aceitação, ainda na hora undécima, de novos trabalhadores para a vinha
(ver Mat. 20:1-16). A ênfase da discussão pode ser resumida na advertência
de Apocalipse 3:11: “Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua
coroa”.
Por contraste, a tentativa de identificar os “juízos” mencionados nessas
citações de Ellen White com as sete últimas pragas do Apocalipse (caps. 15
e 16) acaba, não apenas descontextualizando essas declarações, mas também
sugerindo a falsa teoria de que pessoas ainda poderão ser salvas após
Cristo já haver concluído a Sua obra mediatória no santuário celestial
(ver Apoc. 15:5-8).
É evidente, portanto, que, se alguém ainda terá acesso à
salvação durante os juízos divinos, esses juízos devem se referir a juízos
anteriores ao fechamento da porta da graça. Além disso, se durante os
mesmos juízos algumas pessoas já terão a sua porta da graça fechada, isso
não se refere ao fechamento final dessa porta para o mundo todo, mas
apenas em âmbito individual para aqueles que, resistindo aos apelos do
Espírito Santo, fecham para si mesmo essa porta (ver Mat. 12:31 e 32).
Fonte: aultimaadvertenciaaomundo.
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